






Para esta casa, localizada num terreno em declive, cercado por vegetação mista entre o cerrado e a mata atlântica, propusemos uma estratégia de composição que é ao mesmo tempo estética e prática.
Ao se entrar no terreno, se vê ao fundo um muro em concreto pigmentado com partículas de minério vermelho, num tom próximo ao do solo encontrado na região. O plano vertical que forma o muro é equilibrado pela linha de borda da laje inferior e pela linha do telhado, que flutua ligeiramente acima dessa parede. Além do equilíbrio estético, o muro protege a casa da rua, ao mesmo tempo em que impele o visitante a se dirigir à entrada social da casa, à esquerda, para que só então se tenha o primeiro contato com a vista da mata ao fundo, que dobra de tamanho com o reflexo da piscina semiolímpica de borda infinita, posicionada paralelamente à casa.
Enquanto a fachada frontal foi projetada com materiais de aspecto natural, visando se integrar à natureza circundante, a fachada da piscina é marcada pelos três módulos brancos que abrigam as áreas intimas da casa e que se contrapõem à natureza do entorno. Os módulos possuem painéis deslizantes que permitem que seu interior possa se abrir ou se fechar para a área externa, e foram pensados de maneira a que, caso se opte futuramente por uma expansão da casa, a mesma modulação e separação entre os blocos possa ser repetida sem que se perca qualidade estética.